Olá, companheiros(as) de “só mais um episódio e eu durmo”… Quanto tempo! – Hiatus criativo é, realmente, uma merda, mas você já teve inflamação no Túnel do Carpo? – Não, não se preocupem, tô em overdose de fisioterapia, mas estou bem. Enfim, já tem um tempo que quero escrever esta resenha, mas me vi mais travada que fugitivo em blitz, de uma forma que nem sei bem explicar como. Essa Pandemia mexeu demais com o meu psicológico, atacou a minha ansiedade – não, não foi pessoal (indireta mode on) – e o resultado foi esse bloqueio e minha ausência por aqui. Mas, cá estou de volta, trazendo uma indicação de um Lakorn que se tornou um xodózinho para mim: Kleun Cheewit.
Ficha Técnica
Episódios: 15 (de 1h e lá vem história)
Gênero: Drama | Romance
Ano: 2017
Onde Assistir? Lakorn Brasil | Dramaskfan
Classificação Indicativa: +13
Sinopse: Jeerawat (Urassaya Sperbund) é uma famosa atriz e modelo. Sua mãe casou-se com um homem rico, que cobiça Jeerawat como mulher e futura esposa. Após ele tentar drogá-la, ela consegue fugir mas atropela uma jovem na estrada, que mais tarde morre no hospital. A jovem era noiva do advogado Sathit (Prin Suparat), que promete vingar-se de Jeerawat por tê-la matado. O padrasto e a mãe de Jeerawat, se utilizam de sua influência para esconder todas as evidências, mas Sathit decide perseguir e incomodar Jeerawat de todas as formas, a fim de conseguir provas que a incriminem ou uma maneira que faça com que ela confesse o que fez. Durante a convivência explosiva entre Jeerawat e Sathit, ambos desenvolvem sentimentos, mas a sede de vingança ainda é forte e o domina.
Gênero: Drama | Romance
Ano: 2017
Onde Assistir? Lakorn Brasil | Dramaskfan
Classificação Indicativa: +13
Sinopse: Jeerawat (Urassaya Sperbund) é uma famosa atriz e modelo. Sua mãe casou-se com um homem rico, que cobiça Jeerawat como mulher e futura esposa. Após ele tentar drogá-la, ela consegue fugir mas atropela uma jovem na estrada, que mais tarde morre no hospital. A jovem era noiva do advogado Sathit (Prin Suparat), que promete vingar-se de Jeerawat por tê-la matado. O padrasto e a mãe de Jeerawat, se utilizam de sua influência para esconder todas as evidências, mas Sathit decide perseguir e incomodar Jeerawat de todas as formas, a fim de conseguir provas que a incriminem ou uma maneira que faça com que ela confesse o que fez. Durante a convivência explosiva entre Jeerawat e Sathit, ambos desenvolvem sentimentos, mas a sede de vingança ainda é forte e o domina.
Separe o milho de pipoca, deixe na panela com margarina (até perder a cor, antes de fechar a tampa), – calma, que eu não vou passar receita inteira, mas a dica é boa pra estourar todos os peruás – porque se depois da Resenha, você não quiser assistir Kleun Cheewit é porque eu perdi a mão, mesmo, mas pelo menos você vai comer uma boa pipoquinha, enquanto termina um outro dorama da sua lista interminável – que eu sei que você tem.
Primeira informação, extremamente irrelevante que eu preciso trazer aqui e que, ao mesmo tempo, se eu não falar, vou me sentir como se estivesse omitindo uma informação digníssima de reconhecimento – e inveja -, é que a atriz principal, Urassaya Sperbund, o que tem de difícil no nome, tem de beleza. – Oh, bichinha estupidamente linda, viu!? – Ela não entrou várias vezes na fila da beleza. A beleza é que viciou nela.
Um outro comentário que caberia um “cala a boca, Rackys” é que enquanto eu buscava uma imagem para editar a capa da resenha, acabei percebendo o quanto a Urassaya é absurdamente parecida com a Juliette (BBB21) veja isso e diga que não, para ver só uma coisa! ¬¬’
https://twitter.com/Rackys/status/1366524073031958538
Bem, independente de vocês concordarem comigo, continuo achando-as super parecidas, tá?
O Que esperar?
Agora, só para deixar claro, eu tenho um medo danado de gostar de lakorn por conta de experiências um tanto questionáveis que eu tive. Então, ter Kleun Cheewit como xodózinho, é uma surpresa até para mim. De fato, rompi a barreira dos lakorns traumáticos (a la U-Prince Series: The Handsome Cowboy) e dos problemáticos que eu amo (como Tra Barb See Chompoo, que eu já resenhei, aqui no site).
Mas, hoje, chegou a vez de Kleun Cheewit ~Ondas da Vida. Quem sabe, numa próxima, eu resenhe U-Prince Séries inteiro? – E dale coragem, né, minha filha?!
Bem, como todo “bom Lakorn”, algumas coisas precisam ser vistas com critérios da Cultura Oriental. Uma por uma questão de filosofia social e outra por conta da época em que foi escrita a história. Isso porque o povo ocidental já não normaliza algumas coisas há um bom tempo. Do contrário, se ainda vestidos com a capa de Justiceiro(a)s Ocidentais, só vamos enxergar absurdos e mais absurdos, e uns bons motivos para querer lacrar em cima, o que nos farão droppar uma história muitíssimo bem escrita e desenvolvida, porque não aceitamos essa ou aquela ação, dentro daquilo que acreditamos, hoje… – É digno e não é, ao mesmo tempo. Ninguém é obrigado a assistir, mas eu ainda opto pelo entretenimento.
Digo isso, porque se vale a curiosidade, essa versão de Kleun Cheewit que estou trazendo é um remake de um drama tailandês de 1982, chamado Kleun Sanaeha, que também já tinha um remake em 1994, com o nome atual Kleun Cheewit. Ou seja, é um clássico na Tailândia e, por isso, já merece uma chance de um bom dorameiro. – Não se ofenda.
Como remake, embora um pouco mais atual, ainda traz alguns temas discutíveis do ponto de vista ocidental para a atualidade. Acho que, hoje em dia, até para a cultura asiática, embora em passos lentos. É porque, obviamente, algumas atitudes são muito questionáveis. Não cabe, aqui, tecer críticas profundas por mais discordâncias explícitas que existam, sobre a cultura da época e de um país que não é o nosso, nem muito menos pirar por isso porque um lakorn é uma estória de ficção e não, necessariamente, baseada em fatos reais, ou naqueles que retratam a cultura de fato ou expressam a opinião do(a) autor(a). – E não, cambada, eu não tô passando pano. – Só que tem quem goste de lakorn e sabe vê-lo como obra de ficção, né!
Lakorns têm uma pegada mais pesada, mesmo! O fato é que, Lakorn… ou você ama ou você odeia, ou passa a vida negando nesse indecifrável looping de vai e vem de um boomerang, como eu. – É, também tem essa opção, porque não sou obrigada a nada.
Bem, quando eu penso em Kleun Cheewit, cinco coisas me vêm à mente:
- 1ª. T udo se resolveria se todos os personagens falassem mais, antes de agirem no impulso. Porque, oh gentinha que age sem pensar, gente! E quando pensa, pensa errado porque deixa só a raiva falar mais alto.
- 2ª. Todo mundo está certo e errado, ao mesmo tempo, mas a Jeerawat vai de um extremo ao outro, chorando e sendo muito forte: um exemplo de dar pena e outro a ser seguido.
- 3ª. Aguentar a Piak com aquele ciúme doentio, aquele amor obsessivo e aqueles gritos estridentes, olha… só o Chaiyan, mesmo, para aguentar. E aguenta porque quer e porque merece, porque é um belo dum bunda-mole. – Falei. – E não, não estou justificando, mas parte do ciúmes doentio dela, parte também do fato dele ser um bocó que não sabe se impor e lerdo demais para tomar alguma atitude de homem, o que faz ser difícil defendê-lo! Era cômodo deixar Piak pensar o que quisesse, ao invés de conversar e ser franco, desde o começo, evitando falas, atitudes e até, quem sabe, preferência pela atuação de Jeerawat.
- 4ª. Como se não bastasse a vida pessoal da Jeerawat ser uma merda, a profissional também era, por conta de gente invejosa, ciumenta e sanguessuga. A bichinha não tinha sossego!
- E, por fim, 5ª. Casal, muito obrigada por não terem forçado um romance numa circunstância ruim e sim trabalhado na construção de um amor sincero, mesmo em meio a tantos problemas, ao ponto de me fazer shippar muito e forte. – Aprende, Tra Barb!
Os personagens
Mas, vamos por partes. Sabe a típica história da bola de neve que, quando não é dissipada logo de início, só aumenta? Então. Assim se resume bem Kleun Cheewit! Começa assim: a mãe de Jeerawat se casou com um cara mafioso ricaço, Sitata, que cobiça sua filha na cara larga, querendo torná-la sua mais nova esposa. Sim, já começa super bem! A mãe (Jariya) age de um jeito torto, estúpido e silencioso, fazendo com que a Jeerawat acredite que não é amada, nem nunca foi, pela própria mãe. E isso molda sua personalidade forte e carente, simultaneamente. – E confesso que muitas vezes eu fico em dúvida sobre isso, também, porque como que uma mãe sabendo que o padrasto cobiça sua filha e é capaz de coisas mais pesadas, continua com ele por dinheiro? Onde está o amor maternal nisso?
Felizmente, Jeerawat pode contar com seu agente (Suki) e sua melhor amiga (Dao), que moram com ela. Eles são o porto seguro da Jee e pode contar com eles para tudo. Inclusive para cobrir seus erros e saírem de cena pela sua felicidade.
Embora tenha uma carreira de sucesso e esteja em plena ascensão, Jeerawat nos mostra que não é o tipo de vida que queria para si, mas precisa manter o padrão para se livrar de problemas maiores – que claro, você só vai saber, assistindo.
Ela também conta com a ajuda, apoio (ainda que questionável do ponto de vista “relevante”) e compreensão do seu amigo de infância, Chaiyan, que consegue entender suas atitudes melhor do que muitos e não a julga pelo que dizem sobre ela, baseado no passado de sua mãe. – Calma, já explico.
Na lista dos personagens secundários, ainda temos o irmão (Jade) da advogada recém formada, Janjira, que trabalha com o Sathit, como estagiária da empresa. Jade bem que tenta emplacar um romance com Jee, mas ela é tão focada nos próprios problemas que nem o nota e, tadinho, ele acaba sendo tão insignificante (como parceiro romântico, mesmo), sem foco e sem direção que mira nela e acerta a amiga de Jee, Dao (que eu citei acima). Na verdade, eu acho mesmo que ele confundiu uma admiração com um sentimento maior desde o início, porque, afinal, Jeerawat é uma mulher de presença. Mas o fato é que não eram shippáveis. Diferente do Jade e Dao, que logo de início você quer vê-los juntos. – Okay, embora eu tenha shippado, foram menos, bem menos que personagens “secundários”, mas que de tão fofos, couberam num cantinho do coração e deixaram-no quentinho. – Porém, entretanto, contudo e todavia… nada supera o casal principal.
Na mesma vibe de amores não correspondidos, estão Janjira e Sathit. A recém advogada tem um interesse e cuidados extremos com Thit, mas não consegue nada mais do que comparações entre ela e a ex-noiva do prota. Isso porque ela tem atitudes que despertam lembranças da ex, que o deixam confuso, mas não o suficiente para despertar um interesse maior. Na verdade, acredito que a presença dela em sua vida, faz com que o sentimento de vingança nele não se apague com facilidade, porque tudo o faz lembrar da perda e da dor. Ela, infelizmente, para ele, é um tipo de erva daninha, não necessariamente de um modo pejorativo, mas que o estagna numa frequência e sentimentos que não são bons para ele, e para a trama. E, quanto a ela, penso que seu interesse juvenil pelo Thit é, além de repentino, pura admiração e gratidão por ele ter lhe dado uma chance, mesmo ela sendo toda atrapalhada. Mas só.
Dando sequência, na profissão, Jeerawat ainda precisa enfrentar a atriz invejosinha, Pim, que tenta passar a perna na Jee o tempo todo e que, esta sim, faz jus à fama que dão à nossa prota – falo sobre isso logo mais. – A agente, Looknam, dessa atriz, também não fica para trás quando o assunto é ter inveja. Ela dispara seu veneno sempre ao empresário Suki. Sempre puxando o tapete e levando invertidas dele.
Este é o núcleo do lakorn que torna o drama um pouco mais leve com uma pitada de comédia. Porque todo o resto da história é pesado e carece de muitos lenços e uma boa lista de palavrões.
O enredo
Embora alguns tenham um papel fundamental no lakorn, alguns diálogos entre eles são dispensáveis ao meu ver. Porém, cada situação é complexa e precisa ser estudada a fundo, antes de criarmos uma opinião sobre qualquer um dos personagens.
É tanto “não quero, não posso e iih, fudeu“, que vou tentar explica com mais detalhes, agora, alguns pontos da personalidade dos protagonistas.
Jeerawat é o tipo de personagem que não leva desaforo para a casa. Ela não faz o tipo santa, muito pelo contrário. Embora ela faça as coisas nas melhores das intenções, quando provocada, questionada, acusada ou julgada, ela dá motivo para odiarem-na. E é aí que ela peca, porque acaba dando pano para a manga e motivos de graça. Quem já tem uma opinião formada sobre ela só aumenta a antipatia e quem não tinha, cria uma. Por outro lado, sempre que ela tenta não reagir no impulso, ninguém acredita nela e aí ela desmorona como uma criança que derruba sorvete de casquinha no chão. Ela vive numa corda bamba em todos os campos da sua vida. E não tem como a gente não ser empático com ela, porque a bichinha tem motivos pra sofrer! – E a atuação da Urassaya é maravilhosa e, realmente, faz você se sentir na pele da personagem! – Na trama, ela é uma excelente atriz, também. Ou seja, o papel caiu maravilhosamente bem para ela.
Mas tem uma coisa que conta bastante, também. O fato de sabermos a verdade. É por esse motivo que eu acredito que se ela tivesse falado a verdade, desde o começo, para algumas pessoas, ainda que estas desacreditassem, o rumo teria sido outro totalmente diferente e ninguém veria só lá na frente que a julgaram muito mal e erraram feio com ela, etc… Mas não, impulsiva que só ela, no seu modo “defesa-ataque”, ela acaba cometendo erros de percurso – pra não chamar de defecação homérica – que são dignos de “nããão, Jeerawat! Pra quê isso?”, Ao mesmo tempo em que você acaba considerando-a extremamente corajosa e foda pelas atitudes que toma. É um misto de sensações inexplicáveis, mas dignas de uma personalidade forte e silenciada!
Ignorada na vida afetiva, castigada na pessoal, ameaçada na profissional, o que deveria ser o maior desafio dela era fugir do padrasto, do sentimento de culpa pela morte da professorinha Tiew, do sentimento pelo Thit que surge no meio a tanta culpa e atrito, mas que é todo errado desde a origem, e da mira sangue nos olhos da Piak, mas na verdade não é nada disso. É apenas ignorar suas origens, é ser ela mesma, combater seus fantasmas, equilibrar seu instinto de proteção, se sentir amada e manter uma imagem forte estando despedaçada por dentro. – Por isso que eu amo a personagem Jeerawat!
Já o Sathit, tem momentos que eu o enxergo como bipolar. – Modo de falar, calma! Mas, sério! Eu explico. – O passado dele retrata um cara super fofo, meigo, romântico. Aí, corta para o presente do cara que perdeu a noiva num acidente. Ele se torna frio, calculista, típico de Macho(cado) escroto, grosso, violento e cuzão, que faz tudo por vingança. Mas só com a Jeerawat. De resto, ele é basicamente a mocinha do campo florido, cheio de sorrisinhos agradáveis, carinhosos, compreensivos, do amor incondicional, do ombro amigo, do parceiro para tudo. – E lindo, também, diga-se de passagem. – Este é o retrato do nosso protagonista. O mais curioso é que, como advogado, ele peca muito julgando. Claro que as provas que ele tem são consistentes, mas muito, também, é por mera raivinha, vingança cega, nua e crua, sem muitos propósitos e, totalmente, fora da lei. – Sim, logo ele. Enfim, a hipocrisia.
Okay, eu entendo a dor da perda, como eu já disse, mas muitas atitudes dele são um tanto impensadas, impulsivas, refletidas e alimentadas pela “passada de pano” que ele dá para Piak e do que ele precisa para manter viva sua sede de vingança, quando percebe que está se distanciando dela. Mas tem aquela pontinha de “tô fazendo merda, né?” dentro dele. – É a tal da consciência! De vez em quando ela aparece nos Lakorns! – A maneira como ele muda com a Jeerawat, positivamente, é leve. Graças a Deus! Não é forçada para cumprir um romance, entende? É gostosa de acompanhar! Ele até é bonzinho, tirando pelos tropeços, quando ouve a irmã de coração, Piak. Porque aí fode tudo! – Oh, trem influenciável, sô! – Ela toca na ferida, em busca de um aliado pra justificar suas atitudes raivosas de ciúmes.
Piak é casada com Chaiyan, diretor de lakorn na empresa do sogro e ela, simplesmente, morre de ciúmes dele com Jeerawat. Pelo fato de os dois serem amigos muito próximos, desde a infância e ele ter uma tendência em defendê-la, para desespero de Piak, ela entra em surto diversas vezes. Na verdade, pelo fato da mãe de Jeerawat ter sido prostituta, rola um boato sobre a Jee ter alcançado o seu patamar no ramo do entretenimento, se oferecendo para os homens, como sua mãe. E isso acaba atiçando o ciúme da esposa de Chaiyan.
O problema é que o Chaiyan percebendo o ciúmes da Piak, ao invés de ter tentado fazer das duas amigas – afinal, é o que se espera quando você tem uma esposa e uma melhor amiga, né? – ou ter tido uma conversa franca com ela, contando detalhadamente o que sabe da Jee, o que talvez amenizaria a imagem dela para sua esposa, ou ao menos ter demonstrado amor e segurança para evitar algumas más interpretações, às vezes, buscando acertar, ele acaba errando e grosseiramente.
Só que a Piak leva o seu ciúmes ao extremo, ao ponto de judiar mesmo da Jee e só acredita nos boatos negativos sobre ela, que como eu disse acima, toda vez que a Jee ouve que é ‘biscate’, age como uma no impulso, bem na vibe do “eu não sou isso? Então, agora aguenta”. Tudo bem que ela faz isso quando cansa de tentar se defender, mas mesmo assim, o timing é sempre péssimo para quem sabe que estão mentindo a seu respeito. Agora, sobre Piak, hão de concordar comigo que se ela soubesse um pouco mais da vida da Jee, talvez, aquela pulga atrás da orelha poderia ser um pinguinho de consciência que lhe faltava… Ou não? Não sei. É complicado mensurar.
Sinceramente, esses dois são um casal que eu não consigo shippar. E, francamente, a forma como a história se desenrola para o final entre os dois, eu só virei os olhinhos para cima, porque pelamor… é quase um manual de como passar um pano para uma doença obsessiva. – Dá licença, né!? Ela comete coisas horríveis por ciúmes. Chega a ser cruel! Merecia um outro final. – Só que não dá pra negar que é um assunto que precisa ser discutido, porque convivemos com pessoas, de ambas as personalidades, o tempo todo. Então, acredito que é um tema importante dentro da história, porque interfere diretamente na vida da Jeerawat, logo não é o tipo de personagens que estão a passeio no lakorn.
O romance
A história entre os dois é de amor e ódio, e definitivamente não nesta ordem. A Jee é uma mulher cheia de atributos, tendo suas qualidades e defeitos bem divididos, mas com uma história de vida miserável, cuja ascensão se deu mais por mérito próprio do que por qualquer outra coisa, embora tentem desmerecê-la e tirar o protagonismo de sua própria capacidade. O problema é que ninguém acredita nisso! Por conta do passado de sua mãe, ela sempre foi julgada como sendo igual a ela e agem como se fosse algo “de sangue”, “filho de peixe, peixinho é”, sabe?
Isso colaborou para que ela se tornasse uma mulher fria e debochada, à primeira vista, que sabe se impor, mas que às vezes peca pelo excesso ou erra o timing quando é necessário ser assim. Isso dá a ela um ar misterioso e ao mesmo tempo petulante, o que desperta nas pessoas uma repulsa e/ou um interesse por ela. Claro que, nesse momento, quem acaba trabalhando mais é o seu empresário e o Chaiyan, que precisam sempre defendê-la, de uma forma ou de outra, ou arrumar as impulsividades dela.
Não por menos seu padrasto a deseja. Ele vê na Jeerawat uma mulher forte e intrigante e, acostumado em ter tudo o que deseja, não mede esforços para tê-la em seus braços. Cenas como um “boa noite, Cinderela”, entram no repertório de Kleun Cheewit e faz com que tenhamos uma aversão e uma repulsa enorme pelo véio. – Pudera! – O pior de tudo é que o cara não desiste, então em 15 episódios dá tempo de você criar um ranço estratosférico por ele! – Deposite o ranço nele ao invés de no protagonista, eu te peço. É uma boa dica!
Numa das tentativas abomináveis do cara, Jee consegue fugir, mas acaba dirigindo sob efeito das drogas injetadas nela e o acidente que mata a noiva do nosso prota é inevitável. Mas, sabe aquela história de “era para ser” – (senão não teríamos um lakorn)? – Então.
Sathit, basicamente, cresceu num orfanato ao lado da sua noiva, filha da mantenedora e vivia um romance perfeito, cheio de sorrisos e “eu te amo’s” para lá e para cá, de sonhos e planos e muitas cenas de flashback – até um pouco clichês, endeuzando a falecida, com breguices a tira-colo do ponto de vista de mim mesma – e de fato quando perde sua companheira, sente como se tivesse perdido tudo. Okay, compreensível! Entendo sua dor. Até porque ele estava no telefone com ela, quando o acidente ocorreu.
Mas, por que então eu digo que “era pra ser”? – A noiva dele basicamente ficou na frente de um carro desgovernado achando que era um táxi e não pensou, nem por um momento, que iria ser atropelada. Quem que chama um táxi, à noite, gesticulando a mãozinha, estando no meio da rua e não na calçada, minha gente? – Pois é. Erro de cena? Forçada de barra? Não sei. Mas relevemos! E relaxa que nada disso é spoiler!
Por outro lado, eu entendo a raiva do Sathit. Afinal, dois acidentes envolvendo a Jeerawat num mesmo dia e ouvi-la na linha no momento do acidente é de deixar qualquer um cabreiro! O que eu nunca vou entender é esse sentimento de vingança – sem o qual, também, muitos dramas não existiriam – que surge num serzinho tão de boa, tão paz e amor que pintam ele e que leva teeeeeempo para vermos de novo.
O bom do clichê é que o ódio, vira preocupação e depois vira amor. Tudo o que essa bichinha passa, nem mesmo o ser mais carrancudo do mundo não teria sensibilidade. E esse processo todo é delicioso acompanhar, por mais sofrível que seja. E sim, a gente chora. Se você tem um mínimo de empatia no seu ser, você chora junto com a Jee. Claro que, neste romance torto, quando você acha que vai, não foi. Mas é bom mesmo assim… – Segue firme com o Lakorn, que não vai se arrepender!
O que eu vejo muito nos dois é um “não posso, não é certo, mas não consigo fugir” – E cara, pensa numa pessoa que ama isso?! Prazer. – É a consciência falando com seus sentimentos mais obscuros, é a culpa e a negação, a transformação em sua intrigante forma.
Por fim, todos os relacionamentos da Jeerawat são intensos, mas a relação da Jee com a mãe é uma incógnita que você só vai entender no final. Okay, você vai passar um paninho e vai lembrar que cada pessoa é diferente de outra e vai fazer de tudo para aceitar que isso “é suficiente”, mesmo não sendo, mas o que importa é que a prota fique felizinha, porque ela já passou por tanta coisa que você só quer dar colo! – Não ganha da Jandi, de BOF, mas é o suficiente pra te desmontar de cortar o coração. Ou tô exagerando?
Enfim, para um lakorn, é uma história pesada, porém sem muitos embates de amor e ódio, como em Tra Barb. Está mais para certo e errado, posso e não posso, falo ou não falo. Mas ao mesmo tempo, é leve porque a história é bem trabalhada e fundamentada, com situações críveis e reais. Muitas situações são explicadas somente no final, então, aquela coisa de “nem tudo é o que parece ser”, cabe bem nesse drama, também. – E eu adoro isso!
Por essas e outras, eu amo esse lakorn! O casal, por mais que tenham suas dificuldades e dilemas, dá certo. São muito shippáveis, apesar dos pesares. Você consegue vibrar por eles, ver os dois errando, xingar os dois, e amar os dois juntos. – Na vibe do, mano, cala a boca e beija logo! – Tem instinto de proteção, tem mulher forte peitando, tem choro, tem comparação com ex, tem flashbacks, tem de tudo… e você só quer dizer que os dois merecem uma segunda chance, porra!
Eu queria mais beijos? Queria. Não vou mentir. Mas aprendi que não posso exigir isso de Doramas que não sejam BL, sejam da etnia que for. – Infelizmente!
Ainda sobre Kleun Cheewit, como quase tudo é um punhado grande de escolhas erradas e “mal-entendidos” a torto e a direito, onde todo mundo quer proteger todo mundo, sem falar, sem demonstrar, fingindo até não sentir, e sentindo com toda intensidade do mundo, é um tal de “mano, pra que isso?” que até cativa… E isso faz com que você se prenda o tempo todo na história, porque você quer saber como tudo se desenrola.
E isso tudo é o que mais me encanta em Kleun Cheewit! Esse lakorn é sensacional porque as histórias são profundas… e eu amo estudar a personalidade dos personagens, como quem segue este site, tá cansado de saber.
Vale muito a pena! Muito mesmo! Super recomendo! E quem sabe você seja mais um(a) com esse lance de “ah, só mais um episódio…”, com Kleun Cheewit!?
E aí, já deu uma chance a este lakorn? Contem pra mim! E se aticei a sua curiosidade, então, veja onde assistir abaixo:
~• ONDE ASSISTIR •~
~Rackys
EU AMO DORAMAS | Seu Portal BR de Cultura Asiática
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Eitaaaa!!!!! Mais uma resenha bem escrita pra me deixar com uma super curiosidade de assistir Thaidrama. Com certeza será o próximo que irei ver, fiquei mega curiosa pra saber o desenrolar e o final 😁😁😁😁
Opa, sinal de que acertei a mão! Tô super felizinha com o fato de ter superado o Hiatus Criativo. Estava travada demais, credo! Fico feliz que eu tenha voltado a escrever e, sobretudo, deixando aquele gostinho de "quero mais"… Adoro despertar isso em vocês! haha
E Sheila, eu tenho certeza de que vai gostar desse lakorn! Sério… =P
minha nossa que resenha é essa? é de parar tudo que estiver assistindo e ir dar uma olhada neste lakorn, que só pela resenha dá pra ver que é bom, parabéns Rackys sua resenha (como todas) ficou incrivel .
Sair de um hiatus criativo pra escrever um post sensa desse?! A senhora é mesmo muito maravilhosa, dona Rackys! <3
Assisto lakorn? Nao
Mas confesso q esse deu mta vontade …ja q so tragédias acontecem gosto assim…
Ainda bem q vc estao bem e tambem saiu de um bloqueio criativo, espero q continue a escrever
Que delícia de resenha!!! Para quem estava em "hiatus", que retorno magnífico! E que doramaaa! Depois de ler essa resenha, já entrou na minha (gigantsca!) lista, com certeza vou assistis! Beijo carinhoso, e que bom que voltou a escrever!
Oi, Telma…
Nossa, eu pensei que ela não ia sair nunca! Saiu antes da de Behind Your Smile (que venho ensaiando, desde que fiquei em hiatus criativo), mas uma hora, também, sai. HAHAHA
Fico feliz em não ter perdido a mão nas minhas resenhas… E mais feliz ainda de dar uma oportunidade para esse lakorn. Vale realmente muito a pena!
Dona Lara… eu começo a achar que você é suspeita demais pra falar hahahaha, mas que bom que gostou dessa resenha. Eu tô bem feliz e orgulhosa dela ^^
HAHAHAHAHA Ai, Thao… você gosta de tragédia, né? Então, na real, vai amar lakorns hahahahaha, porque se lakorn não tiver tragédia, não é lakorn, cara… hahahahahahahahaha
Agora que eu desempaquei, vou tentar criar mais resenhas. Eu tô tão feliz e empolgada com essa, que vou tentar me prender neste sentimento. ^^
Menina… eu fico tão de coração quentinho contigo falando isso.. sério! O Lakorn é maravilhoso, cheio de intrigas e disse-me-disse que te deixa louca, mas tudo vale a pena… é tão delicinha! Eu quero ver sua opinião quando terminar de ver o lakorn. Promete passar da metade? HAUSHAUSHUASH
E eu tô felizzzzzzzz por ter voltado a escrever.. Isso realmente me move e me completa.. AMO! Tava sentindo falta… O bloqueio tava grande. Prometo que resenho mais daqui pra frente!!!
Onde assisto esse dorama ?? Manda link por favor,
Amora, eu coloquei todos os botões de onde assistir, abaixo da resenha. =D
Tem algum outro link para assistir, pq esses dois não estão entrando
esqueci de colocar o ponto de interrogação
Sem problemas… atualizei com um link a mais. Espero que receba atualização dos comentários, aqui. ^^ E que curta o lakorn.
Olha, na UD Fansub / Lakorn Brasil, se escolher a opção Drive, está funcionando. No Dramaskfan precisa de login para acessar, mas também está funcionando.
Mas coloquei mais um, só para constar (no telegram da Lakorn Brasil)
Eu assisti e amei, gostaria de mais assim. Tem indicação de mais alguma série nesse estilo de vingança e amor ?
Tem sim. Kleun Cheewit é o meu favorito. Mas, no fundo, todo lakorn é assim. Mas os que indico são esse e o Wong Wien Hua Jai. Resenhei os dois aqui no site. =P