Is Love Sustainable? (O Amor é Sustentável?) se tornou um dos meus Jdramas favoritos. E cá estão 2 (dois) motivos para isso:
- Foi o primeiro dorama que eu revisei por completo, como moderadora da Língua Portuguesa, no Viki.
- Tem romance de idoso ~ e isso, por si só, já bastou.
Além disso, Is Love Sustainable? (O Amor é Sustentável?) traz uma história delicada sobre amor e amizades, juventude e envelhecimento, amor e solidão. E de tão sensível, permite que reflitamos sobre algumas escolhas da vida. Será que elas refletem quem somos, de fato? Ou será que, apenas, se escondem entre dores e medos? Enfim, é apaixonante, não o tipo de dorama que você assiste para se encantar com algum ‘Oppa’, ~ ou seja lá qual o termo mais adequado no Japão ~ mas, definitivamente, é um Jdrama sobre a Vida, e por si só é encantador.
Gênero: Vida | Romance | Drama
Ano: 2022
Classificação Indicativa: +12
Dublagem Indisponível
O que esperar?
Inicialmente, Is Love Sustainable? (O Amor é Sustentável?) nos traz a vaga ideia de que a trama será um clichê de Encontros às Cegas. E, de fato, eles acontecem em alguns momentos do Jdrama, mas as consequências deles são mais realistas, eu diria. Isso porque Seita Higashimura trabalha em uma Agência de Matrimônio que promove Encontros e Casamentos, mas não é favorável a um para ele. Como já foi casado, o então pai solteiro tem uma boa relação com a ex-esposa e mãe de seu filho, apesar do divórcio. No entanto, por conta de sua experiência, apresenta certa resistência e ressalvas quando o assunto é apaixonar-se novamente. Ele diz não querer ser prioridade num relacionamento, pois tem o filho como tal e não poderia retribuir da mesma forma a mais ninguém.
Ao mesmo tempo, Kyoka Sawada não quer se espelhar no casamento dos pais. Agora, órfã de mãe, se vê sob a responsabilidade de cuidar de seu pai, já idoso, pois depois do falecimento de sua mãe, ele parece não encontrar mais interesse na vida. Por conta disso, ela decide que não busca um casamento, pois o maior foco dela é o seu trabalho, afinal, seu sonho é abrir um Estúdio próprio de Yoga. Assim, não muito difícil de se imaginar, temos aí um casal improvável, mas clichê ao mesmo tempo, em sua máxima “é justamente quando não estamos procurando que encontramos alguém”.
E, para completar, não muito distante, temos o Rintaro Sawada que é um lexicologista famoso, com um coração de ouro. ~ Na minha humilde e livre descrição. ~ Confesso que por ele ser idoso, meu coração tende a admirá-lo mais facilmente, mas não é muito difícil se apaixonar por este personagem. E se tem uma coisa que eu amo, é escrever. Desta forma, se tem uma coisa que me atrai no Sr. Rintaro, é o fato dele estudar o universo de todas as palavras, vistas em sua estruturação, funcionamento e mudanças linguísticas. ~ Que profissão mais encantadora!
Minhas Impressões
Tanto Higashimura, quanto Kyoka, ao meu ver, querem se convencer de que não precisam, ou não querem, um relacionamento sério, com intenções de casamento. É até compreensível que tentem se convencer disso, dado ao passado deles, mas achei interessante a forma como o drama desenrolou essa desconstrução matrimonial neles. Por ser um assunto delicado, que envolve perdas, escolhas, juventude e envelhecimento, achei que o processo dos personagens envolvidos teve a mesma pegada: um peso de sensibilidade e um peso de realismo, atrelados a uma pitada de pertencimento e outra de permissividade. Isso, contudo, deu um sabor adocicado a todo o enredo de Is Love Sustainable? (O Amor é Sustentável?).
Quero dizer, mesmo o Sr. Rintaro e a Srta. Akari Hinata, tiveram uma construção fantástica de suas personalidades, e também suas histórias foram delicadamente trabalhadas, de modo a nos sensibilizar e nos deixar reflexivos. Por exemplo, Hinata é basicamente o futuro de Anna, a mãe de Nijiro. Jovem, optou pelo trabalho e deixou a sua vida amorosa de escanteio, e agora, achando ser tarde demais, busca conseguir um casamento em uma Agência de Encontros. O Sr. Rintaro, por sua vez, entendeu ainda jovem que precisaria se envolver com as pessoas, para encontrar significados mais profundos de palavras subjetivas como ‘vida’, nos apresentando o ensinamento de que viver é essencial para se compreender o que se é vivido, e o que se é falado.
Em contrapartida, quem parece não ter sido muito explorado em seu processo de amadurecimento, foi Hayate Fuwa, seu amigo de infância apaixonado por Kyoka, desde então. Apesar de mais bonitinho, Hayate não desperta em Kyoka o que Higashimura desperta nela, com tanta facilidade. Não sou muito fã de triângulos amorosos, mas aqui temos um que desperta reflexões sobre o quanto podemos nos doar a alguém que não nos corresponde e quando é hora de desistir.
Críticas
São pensamentos como esses que tornam Is Love Sustainable? (O Amor é Sustentável?) único. Este Jdrama me conquistou demais quando trouxe essas temáticas para a trama, entretanto a maneira como foram construídas as relações entre todos é o que mais me cativou. É claro que para quem está acostumado com doramas com temáticas mais leves, vai sentir este Jdrama um pouco denso e, por isso, mais ‘parado’. Afinal, não tem muitas reviravoltas ou acontecimentos mirabolantes, gente fura-olhos ou perseguidores. Trata-se de uma história sobre a vida, nua e crua. Apesar disso, cada tema foi tão tem trabalhado, que é impossível não finalizá-lo, com a sensação de ‘lição aprendida check’!
O que mais gostei, foi ver a construção da relação de Pai e Filha se formando, de maneira madura e responsável. Bem como a analogia perfeita entre o amor e a palavra ‘sustentável’, porque quando pensamos em sustentabilidade, nos remetemos ao desenvolvimento que não esgota os recursos naturais. No entanto, quando a analogia acontece, transformamos em uma lição de vida:”o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações”. Isso, em um dorama que explora um romance na terceira idade, a relação de pai e filha e o amor em suas diversas formas e idades, é ou não, sensacional?
Enfim, são tantas nuances e tantas formas de amor, que 10 episódios de quarenta e tantos minutos, apesar de sustentarem muito bem, acaba sendo pouco. Isso, porque eu queria mais. Por exemplo, queria ver a mãe de Nijiro sedar conta de que o trabalho é importante, mas a família é mais. Enfim… fica em aberto, porque acho que é esse o objetivo deste Jdrama, nos fazer pensar sobre nossas escolhas.
Então, para finalizar, sim, o Amor é Sustentável. Amei e amei! Super recomendo!
Onde Assistir
E se você já assistiu e concorda comigo, me conte abaixo nos comentários e me diga o que achou. Mas, se não assistiu e ficou, minimamente interessado(a) no drama, por conta da minha resenha, não deixe de comentar, também. No entanto, se de alguma forma te desanimei e por minha culpa não for assistir, não me crucifique. São só opiniões diferentes!
Posso contar com você de novo por aqui na próxima resenha? Então, até lá e se liga no Trailer e Onde Assistir, logo abaixo!
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