Resenha de Wong Wien Hua Jai mostra que este lakorn não está de brincadeira, quando o objetivo é me tirar do sério!
Companheiros(as) de “só mais um episódio e eu já vou dormir”, a resenha de hoje é de um lakorn um tanto questionável, porque logo nos primeiros episódios eu quero pegar o protagonista e estrangulá-lo com todas as minhas forças: Wong Wien Hua Jai, – Que eu não fazia a menor ideia do que significava, mas fui pesquisar e descobri que a tradução é: – Rotação do Coração. Embora o nome lembre muito uma novela mexicana – seja até um pouco brega – devo lembrar que é um lakorn. E isso faz muito sentido, já que se não fosse por isso, eu não estaria com essa vontade de quebrar na porrada um personagem fictício. Isso, ou todas as minhas experiências com o gênero foram traumáticas, pra não falar intrigantes! – Mistério!
Quanto à resenha, bem, vou fazê-la de uma maneira diferente da que venho fazendo, para evitar cair no ostracismo criativo, novamente: Vou escrevê-la, enquanto assisto. E, a priori, Wong Wien Hua Jai me lembrou Kleun Cheewit (Ondas da Vida), porque não demorou muito tempo para que o sentimento de “Não tire conclusões precipitadas!” e “Mano, sério que precisava disso?” me invadisse. O que me leva a crer que minha raiva sobre o protagonista está com os episódios contados para cair no esquecimento. – Assim espero! Eu já falei que amo Lakorn?
Ficha Técnica
Episódios: 18
Gênero: Romance / Drama
Ano: 2021
Onde Assistir: Lakorn Brasil / Infinite Dramas / Wei Fansub / LuannaSou Translate
Sinopse: Bow retorna à Tailândia depois de saber que seu namorado, Pong, a traiu e engravidou Vithinee, com quem vai se casar. Vithinee é a irmã mais nova de Tos, que é dono de um vinhedo. Ele é extremamente protetor com ela enquanto ela é totalmente obsessiva e doentia. Perdida na dor do desgosto e da decepção, Bow decide ir para um bar sozinha e beber sua dor. Lá, de alguma forma, acaba em uma situação ruim – sendo drogada e quase assediada por um mau-caráter. Ela é, no entanto, salva por Tos, que consegue levá-la para um quarto privado com segurança. Tos, não querendo deixar Bow arruinar a felicidade de sua irmã – acaba usando esta oportunidade para amarrar Bow a si mesmo e diz ao pai de Bow que ele dormiu com sua filha. O pai furioso exige que se casem, a fim de proteger a virtude de sua filha.
Gênero: Romance / Drama
Ano: 2021
Onde Assistir: Lakorn Brasil / Infinite Dramas / Wei Fansub / LuannaSou Translate
Sinopse: Bow retorna à Tailândia depois de saber que seu namorado, Pong, a traiu e engravidou Vithinee, com quem vai se casar. Vithinee é a irmã mais nova de Tos, que é dono de um vinhedo. Ele é extremamente protetor com ela enquanto ela é totalmente obsessiva e doentia. Perdida na dor do desgosto e da decepção, Bow decide ir para um bar sozinha e beber sua dor. Lá, de alguma forma, acaba em uma situação ruim – sendo drogada e quase assediada por um mau-caráter. Ela é, no entanto, salva por Tos, que consegue levá-la para um quarto privado com segurança. Tos, não querendo deixar Bow arruinar a felicidade de sua irmã – acaba usando esta oportunidade para amarrar Bow a si mesmo e diz ao pai de Bow que ele dormiu com sua filha. O pai furioso exige que se casem, a fim de proteger a virtude de sua filha.
O que esperar de Wong Wien Hua Jai?
Pois é, admito que amo o gênero! Gosto da sensação de ser sacodida pela estória e impressionada pela audácia de sua existência. Porque ter estômago para essas introduções bombásticas não é para muitos… – Alguns chamariam de masoquismo social, também. Fica a seu critério! – Mas fato é que gosto quando preciso soltar as amarras do que acho certo e errado, para então assistir e resenhar sem julgamentos, – eu bem que tento, okay? – tecendo bem meus argumentos e absorvendo a criatividade do(a) autor(a) o máximo que posso. Esta sensação de me inquietar com o enredo e com os (malditos) personagens, me instiga sempre e me impulsiona a escrever. Vai entender! É uma relação de amor e ódio, desde Tra Barb See Chompoo…
Logo de cara, a estória me prendeu. Não porque se trata de uma introdução fantástica, à “Ual, nunca vi algo como esse enredo em toda a minha vida! Que inovador, que empolgante, que fantástico”, não. Na verdade, está mais para “WTF?! Que porra toda é essa aqui?”.
Penso nos roteiristas escrevendo os dois primeiros episódios e me vem à mente: “Como é que eu posso vomitar batata se eu comi repolho?” – Sim, porque essa é a sensação, inicialmente. – Muita coisa junta que não faz sentido sequer separada e mais ‘auê’ que novela mexicana. Duvida? Já leu a sinopse? A coisa é pior do que parece. É sério, me acompanha:
O Enredo
Antes de adentrar na estória, já vou avisando que, para quem gosta de triângulos amorosos, esse lakorn é um prato cheio. Isso porque quando penso em Wong Wien Hua Jai, lembro automaticamente do Poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, que diz “João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que não amava ninguém“. E não, não estou brincando. São tantos caminhos cruzados que para entender, só acompanhando o organograma:
Mas, a verdade é que se isso fosse o ápice do drama, daria para levar de boa. Quer complicação? Então, vamos lá!
Bow, achando que foi estuprada é obrigada – sim, obrigada – a se casar com o seu ‘suposto’ estuprador Tos, que por sua vez aceitou vestir a carapuça, – sim, ele literalmente confessa um crime que não cometeu – só para afastar Bow de seu mais novo cunhado, que por acaso é o seu ex que a traiu, engravidou a irmã de Tos e foi obrigado a se casar com ela. – E não pára por aí! – A irmã de Tos é a personificação do livro “Mulheres que amam demais”: obsessiva e dependente. Soma isso ao fato dela ser birrenta, mimada e cheia de manha, com uma boa dose de loucura ao ponto bem passado de nojo elevado à potência do ‘Foda-se, eu precisava de uma vilã chiliquenta” e uma pitada de doença cardíaca. E o mais interessante da porra toda? É que ela nem era a vilã principal da trama!!! – Pasme!
“Ah, Rackys, como assim ela foi obrigada a se casar?” – Calma, meu pequeno gafanhoto, eu sou o alecrim dourado que nasceu no campo sem ser semeado, vou explicar tudinho e no final a gente segura as mãos e corre para as colinas do desespero! – É aquela velha história sem pé nem cabeça: o pai acha que está fazendo o melhor à filha, pela imagem da família e pela dela própria, preferindo que ela morasse com seu abusador, a ser vista como amante. – Super lógico, só que “WTF?!” – O que é estranho, porque, estatisticamente, diz-se que mais da metade dos casais tailandeses, traem os seus parceiros. Isso porque, – olha aí uma curiosidade – o Rei dá o exemplo, tendo uma Consorte Real. A Consorte (ou amante real), no entanto, não pode subir no sulfite e achar que está de ‘igual para igual’ com a Rainha, senão é destituída, coisa que aconteceu em 2019.
Para quem ama uma fofoca completa: Em Janeiro de 2021, o Rei a aceitou de volta e resolveu coroá-la como ‘Segunda Rainha’ e essa decisão virou um bafafá, na Tailândia, o que resultou na irmã da Primeira Rainha, saindo de maca e dois tornozelos quebrados do Palácio de Bangkok, depois de tentar convencê-lo a não fazer isso. E ai de quem abrir a boca para falar um piu: uma lei aprovada torna crime qualquer declaração mais ríspida feita, em público, sobre a família real. Tá bom pra você?
Voltando ao Wong Wien Hua Jai, não apenas é estranho, como absurda a decisão do pai, aos moldes ocidentais, certo? – Okay, você deve estar mais impressionado(a) com a Monarquia Constituinte da Tailândia, mas foca aqui de novo! – E, se eu te contar que esta é a mais nova adaptação, também tailandesa, da primeira versão de 1985, e da segunda de 2009 do mesmo drama? Temporalmente, é mais fácil aceitar?
Agora, adicione a isso uma pitada de Bow sendo levada, pela própria irmã, para o vinhedo cujo o dono é o capataz confesso e sem crime, Tos, onde foi abandonada lá como se fosse personagem do “Cão e a Raposa”, no estilo “se vira, bebê, porque o enredo tem que decolar”. Assustador, não?! Mas não o suficiente para me impedir de continuar assistindo. – Talvez, este seja o momento certo para me internar, sabe?
Enfim, eu realmente queria saber resenhar um lakorn sem falar o quanto eu acho absurdas algumas coisas no roteiro, mas é mais forte do que eu, uma vez que o enredo é sempre mais cruel do que eu consigo imaginar. Porém, entretanto, contudo e todavia… eu estou viciada nisso aqui, gente, ALGUÉM ME HELPA!!! Preciso ser interditada. Como boa anfitriã que sou e como sei que você veio até aqui ler a minha resenha, preciso finalizá-la, antes. – Foco, força e fé!
Conclusão
Fiquei presa à estória, é verdade, ainda que virando os olhos literalmente para algumas situações adicionadas no enredo. A sensação que eu tive, no decorrer da trama, é que o tempo não era o melhor aliado do diretor. Sei que tiveram que enxugar 30 episódios em 18, mas em 2009, foram 16 e agora me pergunto se foram mais felizes, ou se já posso começar a chorar. É que… algumas coisas aconteciam completamente do nada e não faziam o menor sentido. Sinceramente, acho que foi um erro grotesco de temporalidade e demorou para entender que dias e meses estavam correndo, enquanto a estória desenrolava o mesmo momento de sempre. E, se o casalzinho não fosse tão teimoso, tão bronco e tão exagerado, metade dos problemas não teriam acontecido. – Okay, que essa é a parte que dá pra relevar, sendo lakorn, vai…
Ainda sobre eles, bem… quando começou a bater química, a estória ficou “que porra é essa, cara? Pra quê isso?“. Foi difícil ornar! O Shipp demorou pra acontecer, não por conta dos atores ou das atuações, mas porque… – Vem cá, roteirista, cê fumou erva estragada nessa hora, né?
A direção bem que tentou. Colocaram cenas dele a defendendo e da mocinha indefesa que tem seus princípios de solidariedade até com quem não merece, cuidando do Tos, quando ele se machucou… mas até isso não fazia sentido. É só pensar: Se eu acreditasse que o cara que me estuprou estivesse machucado, eu estaria era comemorando, não cuidando dele!
Tudo bem que, em dado momento, ele deixa de ser o carcereiro e ela já está entregue à Síndrome de Estocolmo, mas ainda assim, é difícil aceitar o fato dela ser tão derrotista, sendo uma figura tão durona na maior parte das vezes. – A sensação era um constante “Pera, o que eu perdi?“…
Mas, confesso que quando eu desencanei de entender a cronologia e a temporalidade, acabei curtindo o casalzinho.
Tinham mais motivos para se odiarem do que se amarem? É verdade. Ambos eram irritantes com o tamanho da teimosia e ódio cego, ao ponto de só inventarem mentiras para machucar o outro? Também é verdade. Mas, é discrepante o quanto ele foi mais cuzão que ela. Ela foi é hipócrita! Passou pela mesma situação duas vezes e a balança pendeu mais para quem ela tinha repulsa do que para quem ela dizia amar. De novo, não fazia sentido!
Eu entendo que a ideia era dizer que a gente não manda no coração, que as atitudes mostram a verdadeira essência do cidadão, mas o que dizer das atitudes dele, enquanto estava todo revoltadinho, após lavagem cerebral? Definitivamente, não orna, gente! Não orna. Mas, eu gostei das cenas fofuchas. – Nem eu me entendo.
Não mais do que a vilã. E, sinceramente, se eu pudesse premiar a atriz pela sua atuação em Wong Wien Hua Jai, eu daria um Óscar, um Globo de Ouro e a calçada da fama todinha para ela. Ela foi de falsiane à psicopata em diversas cenas! E cada vez que a cena focava nela e aqueles olhos vermelhos de ódio saltavam na tela, eu podia sentir a raiva dominando ela. Puta atuação!!!
Além dela, o que mais gostei foi que o roteiro não mediu esforços para matar ou ferir nenhum personagem. Fosse ele secundário ou coadjuvante, o que importava era seguir o curso da mente insana da vilã se formando. Pela construção da personalidade dela, a nota é com certeza uma medalha “Honra ao Mérito”.
Agora, tirando tudo o que eu não gostei, mas consegui relevar, sobrou o final. E que final doído pro lakorn! Das muitas críticas que eu poderia fazer, a que mais me incomodou, foi a escolhida para o desfecho, onde enquanto A achava que B tinha feito tudo de caso pensado, a reação era uma. Mas, como ‘dois pesos e duas medidas’ era, basicamente, o lema de Wong Wien Hua Jai, a decisão de perdoar um e demonizar outro era gritante. E isso vale para os dois: Para quem se ama, toda a raiva, todo o ódio, toda a provocação, todo o extremo, toda a vingança nua e crua. Para quem ‘convenhamos, cagamos pra existência’… “ah, tá perdoado(a)! Aceita um café?”. – OI? Como que se perdoa uma porra daquelas, benzinho???
De todo modo, essa foi mais uma resenha de um Lakorn que me deixou revoltada, mas que me prendeu do início ao fim, querendo dar um soco na cara dos protas, de 5 em 5 minutos e mudar todo o roteiro para satisfazer o meu gosto, porque se é pra ser teimoso, eu sei ser bem pior. No entanto, sei que para quem é fã do gênero, este é um dos melhores lakorns, mas ainda, para mim, nenhum superou Kleun Cheewit.
~• ONDE ASSISTIR •~
E eu espero que tenha conseguido despertar a sua curiosidade para, mesmo assim, assistir a trama e dividir comigo a revolta deste enredo. – Ou não, né, já que é um Lakorn que divide opiniões. – Que tal dar uma chance pra passar raiva, dar um apoio aqui no site, comentando abaixo e vir correndo conversar comigo lá no chat do Portal? Te espero por lá! – E por aqui, também. Clica que ‘Join the discussion‘, logo abaixo e deixe a sua opinião!
~Rackys
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Eu não sei se eu dou risada ou se eu choro, não sei se quero assistir pra passar raiva, mas você escreveu que não gostou de uma maneira engraçada, acho que agora eu quero ver, só pra ter que concordar contigo hahahahahaha
Hahahahahaha, Fico feliz de ter te passado meu desgosto de maneira engraçada, mas fato é que eu realmente pensei assim. De tão incomodada com algumas coisas, eu preferi rir, do que ficar verdadeiramente puta hahahaha
Tô torcendo pra que volte, só pra dizer se concorda ou não comigo. =D
Eu amei esse lakorn demais kkk, é um dos meus favoritos, já assisti umas 4x. Gosto bastante do tipo gato/ rato, lap/kiss, que é o estilo desse lakorn kkkk. Gostei também, pois a protagonista é uma mulher forte e que não aceita as coisas facilmente, fala o que pensa, quando decide algo é pra valer. gostei de tudo kkk. eu gosto quando os protagonistas não se apaixonam logo de cara e demoram pra ficar juntos…
Eu gosto da ideia de cão e gato, mas não no nível que permite certas coisas… digamos… problemáticas. Eu, realmente, acho que ela só demonstrou ser uma ‘mulher forte’, enquanto não estava apaixonada, depois disso, foi um tanto permissiva. Senti mesmo que ela era mais teimosa do que forte. Sei lá…