Melo House (O Amor volta para Casa) tem uma lição para nos passar. É exatamente assim que eu vejo este kdrama. Nos últimos anos, fomos ensinados de que o nosso ditado popular que diz “em briga de marido e mulher, não se mete a colher” é ultrapassado. Isso porque, passamos a compreender que em casos de abusos psicológicos e relações tóxicas ou abusivas, a intervenção é necessária. Entretanto, em Melo House (O Amor volta para Casa) vemos um contraponto interessante: e quando a relação é interrompida abruptamente, por quem decide monocraticamente que é hora de parar?
Para ser mais específica, o que acontece neste dorama, é que quem decide o término é a filha mais velha do casal. Ao ver a mãe sofrer pela incompetência, deboísmo e ingenuidade de seu pai, que resultou em sua falência, tenta superprotegê-la, exigindo que o pai se afaste de sua família e nunca mais volte. Ele não era tóxico, nem abusivo, mas definitivamente não era uma pessoa preparada para assumir a responsabilidade pela família. Não é que não tivesse defeitos, tinha, mas muito pela sua imaturidade, mesmo. Neste sentido, vemos, no decorrer da história, que eles se casaram porque sua namorada, Geum Ae Yeon, engravidou, mas havia amor. Tanto amor, que um dia, ele volta para Casa.
Melo House (O Amor volta para Casa)
Gênero: Drama | Romance
Ano: 2024
Classificação Indicativa: +15
Dublagem Disponível
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O que esperar?
Melo House (O Amor volta para Casa) é um dorama fascinante do ponto de vista humano. Isto, porque as camadas de reflexões que tiramos dele, nos fazem evoluir como pessoa e questionar se o que vemos é realmente como parece ser. Vejam bem, temos uma família ‘doriana’, aqui, mas um pouco disfuncional. Claro, do ponto de vista ’empreendedor’, porque o pai não é o que chamamos de ‘mais organizado’ com as finanças. Mu-Jin é o típico trabalhador cheio de idéias e ingênuo nos negócios, pois estes nunca dão certo.
Certo dia, cansada de viver sempre em crise, o casal se separa. Passado um tempo, com uma notícia na TV, a mãe e os dois filhos, acreditam que o pai morreu em um acidente. Após alguns anos, Mu-Jin reaparece do nada e bilionário, e surpreende a todos. Inclusive, por conta de uma carpa tatuada no braço. Seu objetivo, no entanto, é retornar para a família e reconquistá-los. A parte fácil, aqui, é com o filho que, movido apenas pelas poucas lembranças e pela saudade, o aceita rapidamente. Difícil mesmo é reconquistar a esposa e a filha, uma cansada e outra repleta de mágoas.
E ainda temos o Choi MinHo, do SHINee, para apimentar o dorama. Apesar de já tê-lo visto com atuações melhores em ‘Illang: A Brigada Lobo’ e em ‘A Batalha de Jangsari’, aqui ele é só um segurança coadjuvante, que se apaixona pela filha do casal. No entanto, sua história de vida, sendo irmão do presidente da empresa onde ela trabalha, é bastante curiosa. Contudo, o romance , apesar de morno, entre ele e a Mi-Rae é peça-chave na história e, aqui, devo dizer o quanto me impressiono com os sul-coreanos de relacionar situações diferentes para um mesmo ‘aprendizado’. Simplesmente, fantástico!
Minhas Impressões
Fugindo um pouco dos clichês de disputa por herança, esse dorama me cativou pela história de base e por algumas sacadas criativas, para os personagens secundários. Por exemplo:
Já por aí, eu adorei a solução encontrada. O problema é que, por este motivo, ‘o pai’ deseja controlar suas escolhas profissionais e deixá-lo preparado para assumir a empresa futuramente. Contudo, ocorre que o Tae Pyeong almeja outras coisas para a sua vida. Uma delas é trabalhar em uma academia de luta e continuar como segurança da empresa, o que obviamente não agrada o presidente. Mas, apesar disso, não estamos falando de perseguições com a mocinha. O kdrama tenta fugir dos clichês óbvios e faz isso bem. Neste sentido, me incomoda muito algumas críticas sobre ‘enredo fraco’, Melo House (O Amor volta para Casa) merecia reconhecimento por ter fugido dos clichês e nos ter trazido uma história consistente entre personagens mais velhos. Mas, é possível que quem achou fraco estivesse esperando mais do casal secundário. ~ Portanto, Shawols e dorameiros aleatórios, não façam isso!
E mais…
Outra coisa que mais me chamou atenção em Melo House (O Amor volta para Casa), era a interferência da filha na relação dos pais. Sendo a filha mais velha, ela presenciou diversas discussões entre eles e sentiu como se precisasse amadurecer rápido. Por este motivo, assumiu uma postura de adulta, limitando sua vida, a uma sem expectativas para si. Tudo girava em torno de dar um conforto para a mãe. A única coisa que interessava a ela, era prover o que fosse suficiente e necessário para a família. Não é de se surpreender que, com o retorno do pai, ela se revoltasse e fizesse algumas exigências que, sinceramente, nem cabiam a ela. ~ Que mania de gente querendo ditar regra sobre como os outros devem viver ou por quem podem se apaixonar ou não… Que agonia que me dá!
Ah, mas espera aí… isso não é voltar ao clichê? Em termos, sim, apesar de não ser com os protagonistas. No entanto, é uma ligação de base do problema-central da história, o que por si só é fugir do clichê. Ficou confuso? Então, sugiro que assistam e tirem as suas próprias conclusões.
Mas o casal tinha química? Sinceramente, mais o principal que o secundário, é verdade. Mas, não é como dizem por aí, não… O maior problema, aqui, foi o do marketing. Tentaram vender que o dorama seria sobre os personagens secundários, provavelmente buscando a popularidade do Minho. Mas, até o nome é sobre o principal, então a verdade é que não vi problema algum…
Conclusão
Já está claro que recomendo Melo House (O Amor volta para Casa), porque gosto de debater personalidades e ações, certo? Por esta razão, ficaria falando horas sobre o limite do ditado popular “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”, ou “quando é hora de dizer ‘chega'”. Entretanto, para isso eu precisaria de pessoas que pensam minimamente como eu. O que mais me incomoda é que sempre alguém superficial limita a história toda a uma fraqueza de roteiro/enredo, apenas porque não saiu como desejava. Cadê o pessoal que curte mergulhar nas discussões, tal como se Capitu traiu ou não Bentinho? Sinto falta…
Contudo, acredito que sempre tem alguém que busca entender as razões dos personagens e as motivações de suas atitudes, assim como eu. Se estiverem por aí, bora prosear?
E se você já assistiu e concorda comigo, me conte abaixo nos comentários e me diga o que achou. Mas, se não assistiu e ficou, minimamente interessado(a) no drama, por conta da minha resenha, não deixe de comentar, também. No entanto, se de alguma forma te desanimei e por minha culpa não for assistir, não me crucifique. São só opiniões diferentes!
Posso contar com você de novo por aqui na próxima resenha? Então, até lá e se liga no Trailer, logo abaixo!
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