Consumidas pelo Fogo, é um dos poucos jdramas que assisti e tive vontade de resenhar. E, acreditem, isso é um pouco difícil, visto pelas histórias japonesas, muitas vezes, sem pé e nem cabeça que encontro por aí. Absolutamente, nada contra os jdramas. Good Morning é meu shoujo xodózinho, seguido de Itazura na Kiss, mas desta vez e abrindo uma exceção, cá estou eu querendo falar sobre Consumidas pelo Fogo, ou Burn the House Down. Portanto, pegue a pipoca, respire fundo e leia minha resenha com muita calma ~ e paciência. ~ E, se por um acaso discordar de mim, lembrem-se que esta é, apenas, a minha humilde opinião.
Gênero: Suspense | Mistério | Psicológico | Drama
Ano: 2023
Classificação Indicativa: +14
O que esperar?
A história vai te prender, você querendo ou não. Aliás, já logo pelo trailer, você já percebe isso. Quer dizer, ele é o suficiente para fazer você querer assistir, principalmente se gosta de temáticas de vingança. Consumidas pelo Fogo é um jdrama adaptado de um mangá de mesmo nome (Mitarai-ke, Enjou Suru), de 2017, escrito e desenhado por Moyashi Fujizawa. Como dito, trata-se de uma história onde a filha mais velha do casal Mitari pretende se vingar da atual madrasta, pela destruição de sua casa, família e mãe.
Para entenderem a complexidade da história, tudo começa quando a casa da família Mitari pega fogo e a mãe assume a culpa, por uma simples desconfiança de que poderia ter sido ela. Para pedir perdão por eventual falha, a mãe se ajoelha no chão, em frente à multidão que assiste os bombeiros chegarem ao local do incêndio, em sinal de humilhação. Nisso, Anzu (a filha primogênita) acaba por ver a amiga invejosa de sua mãe, rindo da situação, com real prazer. Meses depois, e consumida pela culpa, a mãe (Satsuki Murata) acaba desenvolvendo amnésia generalizada causada pelo trauma e pelo divórcio. Não muito tempo depois, as filhas Yuzu e Anzu descobrem que Makiko Miratai se casou com seu pai. Crescidas, Anzu e Yuzu criam um plano para desmascarar Makiko e provar a inocência de sua mãe, para que ela possa recuperar a memória e seguir em frente.
Minhas Impressões
Consumidas pelo Fogo começa bem. Aliás, excelente. O final é que não me agrada. Mas, vejam bem, não é que seja ruim, mas essa ideia japonesa de que até mesmo as histórias mais absurdas precisam terminar bem, não importa se não fizerem sentido, ou forem politicamente incorretas ou imorais, me incomoda um pouco. Isso porque rola uns plot twists desnecessários para poder amenizar a carga dramática da história, sabe? ~ Ou sabe-se lá, para quê. Para transformar o drama de suspense em shoujo, de repente?
A grande verdade é que eu teria parado no sétimo episódio, cortado a última cena de misericórdia, e excluído totalmente o oitavo. Já me daria por satisfeita e feliz demais com o resultado e a cara de pata-choca da vilã. Minha mãe sempre dizia que “quanto mais mexe, mais fede”, e se for para equiparar o primeiro episódio ao último, verão que ela tinha razão.
No entanto, vários são os pontos positivos do jdrama. A atuação, sobretudo, da Kyoka Suzuki (Makiko) e Mei Nagano (Anzu) estão formidáveis! A do Azuka Kudo (Kiichi Mitarai) nem tanto, é verdade, mas diga-se de passagem que surpreendeu. Entretanto, tem piores. ~ Ou o personagem não ajudou, não é, Sr. Mitarai, pau frouxo? ~ Mas, dando atenção à história, temos para além do tema vingança, temas muito bem trabalhados, como a inveja, a soberba, a maternidade tóxica, o narcisismo, o cadelismo do pai com a família pela ganância, a depressão e a redenção. Por ser tão versátil, Consumidas pelo Fogo me conquistou.
O Ponto-Crítico
São vários, na verdade, no entanto, o principal é que a redenção da Makiko não me convenceu, tá? E, justamente aqui, cabe um spoiler:
Além disso, que bananão aquele Sr. Mitarai, né? Mano, que pau mandado frouxo, ele. Sério! Só gostei de como a Makiko enfrentou a família dele. As irmãs ficarem com cara de cu, na mesa de jantar, foi maravilhoso! Mas… ah, gente, tem tanto mas… que justifica a nota que vou dar.
Conclusão
Apesar de ter achado o final uma verdadeira viagem, mas até que amarradinho, não foi de todo ruim. Para quem gosta de plot twist, o jdrama é um prato cheio. Para quem espera suspiros, se se contentarem com pouco, o último episódio tem uns clichêzinhos shoujos para amenizar a carga dramática. No que se refere ao drama apresentado no primeiro episódio, esperava (e desculpe o palavreado) mais dedo no cu e gritaria, digo, que o tom se mantivesse até o último. O fato é que por ter botado muita expectativa em Consumidas pelo Fogo, por conta do primeiro epi, me decepcionei.
Por fim, o ponto é que trata-se de dorama de fácil percepção e altamente maratonável. Não por menos chegou, em tão pouco tempo, no Top 10 da plataforma. Então, recomendo, mas com essas ressalvas. Tinha tudo para ser ótimo, mas…
Se já assistiu, diga, abaixo, nos comentários o que achou. Se ficou, minimamente interessado(a) pela minha resenha, não deixe também de comentar. Mas se por conta da minha resenha, não for assistir, vai perder uma boa história. Então, até a próxima resenha e se liga no Trailer e Onde Assistir!
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